terça-feira, 19 de março de 2013

ESPELHO ESPELHO MEU...2013


Uma Rainha

“Era uma vez uma rainha que vivia em um grande castelo”.
Ela tinha uma varinha mágica que fazia as pessoas bonitas e feias, alegres ou tristes, vitoriosas ou fracassadaS
Como todas as rainhas, ela também tinha um espelho mágico.
Um dia, querendo avaliar sua beleza, perguntou ao espelho:
Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu?
Minha rainha, os tempos estão mudados.
Esta não é uma resposta assim tão simples.
Hoje em dia para responder essa pergunta, eu preciso de alguns elementos mais claros e precisos.
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só lhe ocorreu perguntar:
Como assim?
Veja bem, respondeu o espelho.
Em primeiro lugar, preciso saber por que Vossa Majestade fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer com minha resposta.
Pretende apenas levantar dados sobre o seu ibope no castelo?
Pretende examinar o seu nível de beleza, comparando-o com o de outras pessoas, ou sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua própria beleza, sem nenhum critério externo?
É uma avaliação considerando a norma ou critérios pré-determinados?
De outra forma, é preciso ainda, que Vossa Majestade me diga se pretende fazer uma classificação dos resultados.
E continuou o espelho:
Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me defina com que base devo fazer a avaliação.
Devo considerar o peso, a altura, a cor dos olhos, o conjunto?
A quem devo consultar para fazer essa análise?
Por exemplo: se consultar somente os moradores do castelo, vou ter uma resposta, por outro lado se usar parâmetros nacionais, poderá ter outra resposta.
Entre a turma da copa ou mesmo entre os seus conselheiros, acho que minha rainha terá o primeiro lugar.
Depois ainda tem o seguinte – continuou o espelho: -
Como vou fazer essa avaliação?
Devo utilizar análises continuadas?
Posso utilizar alguma prova para verificar seu grau de beleza?
Utilizo a observação?
Finalmente concluiu o espelho
Será que serei justo?
Tantos são os pontos a considerar.
(Adaptação de Utilization – Focused evaluation. Londres, Sage pub, 1997, de Michael Quinn Patton)

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